Título: Nem as mulheres são tão complicadas nem os homens tão simples
Autora: María Jesús Álava Reyes
Editora: A esfera dos livros
Ano: 2008
ISBN: 978-989-626-087-3
Crítica:
A complexidade dos relacionamentos entre homens e mulheres nunca foi tão acentuada pela nossa sociedade e pela comunicação social como nos dias de hoje.
Mas será que essa complexidade se deve às vidas profissionais agitadas ou simplesmente às diferenças inerentes a cada um dos sexos e à sua busca de sucesso individual?
É neste contexto que surge o livro que se propõe. Este livro visa auxilia-nos nas fases críticas de um relacionamento e no seu término.
Além disso, foca alguns dos aspectos importantes no diálogo entre homens e mulheres que por vezes abrem abismos na comunicação e que afinal não passam de perspectivas diferentes e formas diferentes de estar, ver e viver a vida.
Com base no que li, fiz uma instrospeção e verifiquei que algumas das situações relatadas são-me familiares, umas porque as vivi e outras porque me foram relatadas por pessoas próximas.
Um dos aspectos que detectei através minha experiência pessoal é a dificuldade com que os homens lidam com a nossa necessidade de falar detalhadamente sobre as nossas preocupações… muitas vezes eles crêem que essa característica feminina surge da necessidade aprovação dos outros ou que precisamos da sua ajuda na resolução do problema e ficam furiosos quando simplesmente fazemos o que consideramos correcto independentemente da sua opinião e/ou solução apresentada. Neste aspecto considero que a autora focou o cerne da questão no que diz respeito a este ponto ao escrever o seguinte:
(…) quando uma mulher fala de alguma coisa que a preocupa não procura que os outros lhe dêem soluções e lhe digam o que deve fazer ou tem de fazer; o que quer e precisa é que a ouçam, que lhe perguntem com interesse, que lhe peçam detalhes …; desta forma, ela consegue que a sua mente estruture o problema e realize o processo de que precisa.
Um outro aspecto que considerei interessante foi a abordagem a adoptar perante as birras das crianças, pois apesar de não ter filhos já vi inúmeras vezes as aflições dos pais em lidar com os seus rebentos quando estes estão a fazer birra, esperneando e gritando em plenos pulmões. A solução, contrariamente ao que a maioria diria, corresponde a agir como se não ouvisse os seus gritos e não ceder quando lhe estão a pedir algo recorrendo à birra.
Finalmente, gostava de realçar a perspectiva apresentada pela autora relativamente ao término de uma relação, principalmente quando esse término não foi desejado por nós…
Quando uma relação termina, não acabam a nossa vida nem as nossas opções de sermos felizes; pelo contrário, começa uma fase plena de possibilidades, em que a experiência e os ensinamentos acumulados constituirão os nossos melhores baluartes.
Qualquer situação anterior não foi melhor, foi diferente. O presente, e não o passado, pode oferecer-nos novas e esperançosas emoções.
Não devemos também investir o nosso tempo a procurar culpados para a nossa infelicidade nem queixarmo-nos permanentemente! É obrigatório concentrarmos todas as nossas energias em seguir em frente e alcançar os nossos objectivos.
Afinal, nós nunca nos sentiremos não amados se nos amar-nos a nós próprios.
Conclusão:
Os homens não são simples, são racionais enquanto que as mulheres são mais emotivas e intuitivas. No caso dos homens é muito importante o que se diz, em detrimento do que se observa, enquanto que nas mulheres é exactamente o contrário.
O que eles interiorizam como uma queixa não passou de um lamento.
Lembre-se que «poucas coisas envelhecem tanto como sentir-se infeliz e injustamente tratada», por isso, faça um favor a si mesma: seja feliz!
No final tudo se resolverá desde que haja compreensão, respeito e uma boa dose de humor. 😉